O espírito natalino e a ideia de renovação.

Interessante que em todo final de ano, se não houver luzes de natal e a expectativa coletiva das pessoas pelo ano vindouro, parece até que não chegou o final do ano.

Lendo isso pensará você que aqui fala um religioso. Não. Não estou aqui para falar (apenas) de minhas impressões ou perspectivas, embora aqui eu tenha ampla liberdade para isso, mas, embora eu não seja religioso, é inegável que o "espírito natalino" é agradavelmente acalentador e isso é evidente porque as pessoas não ficam tão imbuídas desse sentimento pelo restante do ano, infelizmente.

24 de dezembro de 2016, AGORA são por volta das 22h e entre uma hora e outra em que estudo e me preparo para um concurso venho aqui relaxar e me (re)conhecer. Logo mais à noite as pessoas esperam cultural e solenemente pela meia noite, para desespero de alguns, comer e celebrar à mesa com comida farta, ou não, a ceia de Natal.

Embora eu. como disse, não seja religioso, eu aprecio à minha maneira esse "espírito natalino" já que ele é muito breve ao longo do ano e acaba sendo uma oportunidade de encontros familiares e de amigos. É por esse sentido, talvez que eu goste tanto...

...

... breve intervalo de tempo de mais duas horas em que eu, minha companheira e minha sogra comemos, rimos, tomamos vinho e uma cerveja importada que ganhei de presente de aniversário...

...o Natal, como eu dizia, é uma data de congratulação, arroz com passas, ou não, bebidas, comidas, ou não, para quem faz dietas chega a ser difícil, enfim, e mesmo para quem não celebra essa data do ponto de vista religioso, com um pouco de boa vontade, acaba "embarcando na onda" da celebração, afinal, não deixa de ser um momento de aproximação das pessoas.

Passamos no Brasil e no mundo entre 2016 e 2017 por momentos muitíssimo duros, difíceis, incertos e por vezes inesperados do ponto de vista social, político, econômico e sobretudo humano. Certos fatos recentes nos fazem duvidar da integridade humana como espécie "evoluída" dentre todas as demais.

Não faltariam exemplos.

Assim, desfeitas quaisquer alucinações natalinas de esperança na humanidade, param os fogos, mais breves que a celebração do Natal, volta a realidade, mais avassaladora e violenta que antes, para desgosto profundo do menino Jesus.

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