Dr. Flávio Gikovate

É interessante como a morte continua sendo um grande inconformismo para mim. Continuo me questionando, mesmo sabendo da indubitável finitude da vida e não vejo sentido em ter na vida humana, de muitos, algo tão incompleto.

Por sermos seres que buscam a razão o tempo todo, ou não, a vida de muitos parece deixar um vazio enorme quando não existe mais. Interessante que a primeira vez que senti falta de alguém que eu nem conhecia foi do ex-jogador de futebol Sócrates. Como esse caboclo faz falta. Até hoje sinto falta do que ele dizia e fora de campo o cara também era muito craque.

Recentemente passei a sentir o mesmo pelo Dr. Flávio Gikovate, conhecido por muitos, eu era ouvinte dos seus programas no rádio, assistir vídeos e entrevistas dele na internet e também leitor de seus livros. Um deles ganhei da Amanda que só me presenteou com o livro por saber que eu gostava do caboclo. Vira e mexe eu dizia algo a respeito: "o Dr. Gikovate isso ou aquilo".

Hoje é domingo, 21h. Depois do futebol, quem era ouvinte do programa dele aos domingos nesse momento em que essas palavras foram escritas estaria ouvindo o seu programa No Divã do Gikovate que ia ao ar às 21h pela CBN. Quando a rodada do futebol era estendida, para fazer o pós jogo seu programa entrava às 22h. Quando era ao vivo eu acredito que isso o incomodava um pouco, mas depois que passou a ser gravado deve ter sido melhor, rs.

Para compartilhar com alguém caso isso seja lido, deixo o link de uma reflexão do Dr. Gikovate acerca justamente da morte, afinal, não havia tema proibido em suas intervenções. Imagino que esse texto fora escrito como a mesma docilidade, palavra utilizada por ele mesmo, para tratar do seu caso pessoal acerca do câncer que descobriu em março de 2016 e que no mesmo ano o debilitou bastante e enfim, o Dr. Gikovate faleceu em 2016. Esse texto foi escrito em 2000 e publicado na revista Claudia.

Próximo da data em que ele faleceu e isso foi amplamente noticiado, havia nos deixado também o saudoso Goulart de Andrade. Quem não se lembra do "vem comigo" seu bordão característico? O cara era outro monstro.

O texto do Dr. Gikovate:
http://flaviogikovate.com.br/os-desenganados-e-os-enganados/#more-617

A nós que ficamos, seguimos nessa jornada dual entre viver tão bem quanto podemos sem se angustiar tanto com a incompletude da vida. Eu, longe do que muitos acreditam, não penso que "tudo acontece porque deve acontecer e no tempo certo" etc... muitos inclusive acreditam que os fatos do mundo acontecem no tempo em que deveriam, de fato, terem acontecido. Quando eu posso ou devo acreditar em algo assim, se todas as pessoas do mundo agem a todo instante e geram fatos novos a cada segundo? Deveria eu crer, então, que se todos esses fatos deveriam acontecer e que "nada é por acaso" seria esse o mundo ideal? Jamais! Jamais! Jamais! rs

Esse é outro papo materialista. Fica para uma próxima.
Saludos!

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