O capitalismo e a educação

Recentemente, inúmeras postagens que me apareciam no facebook eram de um relatório do Banco Mundial que reconhecia que o Sistema de Educação de Cuba era o melhor da América Latina.

Não se trata de uma informação oriunda do jornal "Fuzil Operário"; é o Banco Mundial quem está reconhecendo isso, se trata de uma das instituições mais representativas do Capitalismo no mundo.

Longe de imaginar que os  capitalistas irão renunciar à exploração que impõem contra os trabalhadores no mundo ou que darão uma guinada radical, usando bem o termo, e passarem a ser socialistas, há uma razão de ser para isso. Em outras palavras: por que raios o Banco Mundial iria reconhecer que cuba possui o melhor sistema educacional da América Latina?

Bom, antes de responder uma questão como essa, longe de ser tão pretensioso a achar que minha resposta seja a mais correta, eu tenho uma simples hipótese que é oriunda de uma reflexão, vou me recordar de uma entrevista que os trabalhadores da Fábrica Ocupada Flaskô de Sumaré em São Paulo deram à jornalista Amanda Cotrim da Revista Caros Amigos: Eles foram questionados do porquê conseguirem vender os produtos que saíam da fábrica, já que eles haviam ocupado a fábrica e eram considerados comunistas? A resposta foi objetiva e direta: "Os capitalistas são pragmáticos, eles não estão muito interessados em saber quem somos nós, apenas querem o que produzimos e o fazemos melhor do que ninguém"

Penso que é mais ou menos esse o caminho da resposta: não há êxito maior num sistema educacional que aquele que se dá fora do modo de produção capitalista, não mercadológico e na América isso só poderia acontecer com maior plenitude em Cuba. Pormenorizar o porquê de um sistema educacional socialista ser muito melhor que qualquer outro já pensado nos demandaria tempo, mas o que fica claro para mim é que os capitalistas tem interesse claro nisso, interesse financeiro principalmente!

Ora, senhoras e senhores, por mais simples que deva ser uma capacitação profissional de um trabalhador ou trabalhadora da indústria, é evidente que a educação é fundamental para isso. Podemos exemplificar as iniciativas que a própria indústria tem em formar profissionalmente os trabalhadores e trabalhadoras através do SENAI no Estado de São Paulo, por exemplo.

A questão fundamental, porém, é que o modo de produção capitalista, ainda que requeira um exército de reserva de trabalhadores e trabalhadoras desqualificados, o sucateamento da educação que o capitalismo impõe faz com que agora, o Banco Mundial pareça ser mais progressista do que ele é. Pode até haver uma parte dos capitalistas que queiram reconhecer os direitos à educação dos trabalhadores, mas até se declarar que o socialismo possui mais êxito na Educação em Cuba se trata de um interesse agudo em como se ganhar mais dinheiro com uma educação melhor que o modo de produção capitalista não é capaz de ter./

Comentários

Postagens mais visitadas